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"Morte aos gays" - Estudante registra pichação homofóbica em universidade federal

16/01/2017 18:35
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Walteric Juur posa em frente a pichação

Walteric Juur posa em frente a pichação (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

Após viralização da frase, Ufam emitiu nota de repúdio ao episódio.

Um post nas redes sociais de um estudante do curso de artes visuais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ganhou repercussão esta sema por expor um episódio de preconceito e intolerância. Walteric Juur, de 24 anos, registrou com uma selfie os dizeres “morte aos gays”, pichado na porta de um dos banheiros do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Ufam, em Manaus.

A publicação chamou atenção e Walteric aproveitou a oportunidade para levantar um debate sobre a LGBTfobia.

"A questão aqui é atrair visibilidade para o fato. Saber que ali também existem pessoas que pensam coisas como o que estava escrito, faz a ficha cair de estarmos numa sociedade cheia de preconceito, não só com os LGBT, mas como com negros, com a mulher. Ter algo como “morte aos gays” escrito numa parede é só um fragmento da realidade do dia a dia, com piadinhas no ônibus, na rua e onde quer que se vá”, disse.

A Ufam, por meio da Associação de Docentes da instituição, emitiu uma nota de repúdio ao episódio. "Este Conselho se posiciona em defesa intransigente da diversidade sexual e da identidade de gênero e reafirma seu compromisso em defesa dos direitos e da cidadania de todos e todas", diz trecho da nota.

O Conselho Universitário (Cosuni) destacou também, em nota, que “rejeita todo o discurso de ódio e práticas discriminatórias contra a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e demais) em qualquer espaço social”.
A pichação foi apagada pelo setor de serviços gerais da Universidade, mas para Walteric a melhor forma de ajudar a causa é com solidariedade e discussão aberta.

"Agradeço a todos que entraram em contato comigo para apoiar. Recebi montagens da foto que fiz que transformam a palavra “morte” em “amor”, como uma forma de solidariedade. Vamos continuar falando. A discriminação e o preconceito existem, mas nós podemos fazer a diferença", concluiu.

Fonte: G1

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