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App Gay "Grindr" é processado por vítima de perfis fakes

03/02/2017 17:35
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Matthew Herrick, 32 anos

Matthew Herrick, 32 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Um homem de Nova York teve a sua vida completamente virada do avesso quando começaram a aparecer perfis fakes do Grindr, app de encontros gay, com o rosto dele estampado.

Matthew Herrick, de 32 anos, é gay, mas não tem um perfil no aplicativo de relacionamentos voltado para seu público. O problema é que alguém fez um perfil com seu nome e foto e marcou centenas de encontros com homens.

Os problemas de Herrick começaram quando um homem apareceu em seu apartamento afirmando que os dois haviam marcado um encontro. Ele explicou que não tinha perfil no aplicativo e o homem mostrou a ele as conversas trocadas e o perfil falso com fotos de Herrick pegadas de seu Instagram.

Matthew Herrick então relatou o problema ao Grindr, mas não foi de muita ajuda. Depois disso, outros perfis foram feitos e mais e mais pessoas começaram a bater em sua porta a procura de sexo. Houve pessoas o procurando até em seu trabalho e chegou a um ponto em que mais de 10 homens apareciam por dia procurando por ele. E o app Grindr não fez nada para impedir os perfis, mesmo após 50 reclamações da vítima.

Herrick estima que tenha sido visitado por mais de 700 homens. Dentre eles, um que afirmou que queria estuprá-lo para satisfazer uma fantasia sexual e um grupo de seis homens que o procurou para uma orgia.

Ele não tinha outra alternativa senão ir até a justiça. Mas mesmo depois de um mandado judicial ordenar que o Grindr delete os perfis falsos, outros 24 homens procuraram Herrick para sexo. Ele passou pela mesma situação com outro app de encontros gay, o Scruff, mas, diferente do Grindr, o aplicativo imediatamente bloqueou os perfis fakes e os IPs deles.

Matthew Herrick teve que deletar suas redes sociais e postou no Twitter um desabafo:

“Por causa de circunstâncias fora de meu controle eu vou precisar sair de todas as redes sociais. Eu estou tendo problemas com um stalker que está tentando jogar meu nome na lama. Ele já criou contas falsas em apps gays como Grindr e Scruff declarando que sou um intolerante racista e apoiador de Donald Trump. Isso agora foi para a mídia. Gostaria de dizer que eu sou um apoiador ávido da comunidade LGBT e outras minorias. A difamação da minha pessoa chegou ao extremo. À minha família, amigos, fãs e apoiadores, deixa meu coração triste ver esse tipo de mentira sobre mim ser espalhada. Por favor saibam que eu nunca faria algo tão horrível. Eu amo vocês. Se vocês virem postagens, comentários ou perfis, saibam que NÃO SOU EU.”

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