Obs G parceiro UOL 2

Advogados LGBTs fazem história ao defenderem criminalização da LGBTfobia no STF

representatividade lgbt

Maria Eduarda Aguiar, Paulo Iotti e Ananda Rodrigues (Foto: Reprodução)

Independente do resultado do julgamento feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), esta quarta-feira (13) foi um dia histórico na luta por direitos LGBTs no Brasil. Três advogados gays, uma advogada lésbica e outra transexual defenderam as ações a favor da criminalização da LGBTfobia na tribuna do Supremo.

A criminalização de todas as formas de ofensas, individuais e coletivas, homicídios, agressões e discriminações motivadas pela orientação sexual e/ou identidade de gênero é pedida em duas ações. Uma do Partido Popular Socialista (PPS) e outra da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT).

LEIA MAIS:

STF começa a julgar criminalização da LGBTfobia nesta quarta (13)

Depois da leitura dos relatórios pelos ministros Celso de Mello e Edson Fachin, advogados de defesa apresentaram seus argumentos. Primeiramente, foi a vez de Paulo Iotti, gay e autor das ações do PPS. Ele citou casos de violência contra a população LGBTQI+. Além disso, defendeu que cabe ao Supremo garantir proteção aos direitos dessa população.

A Constituição exige a criminalização do racismo, da violência doméstica, para quê? Para proteger os grupos raciais minoritários, a mulher. Então, entendendo-se que a Constituição exige a criminalização da homotransfobia, ela o faz para proteger a população LGBTI em seus direitos fundamentais”, afirmou Paulo Iotti.

Logo depois, foi a vez de Tiago Gomes Viana. Representando o Grupo Gay da Bahia, ele comentou sobre um "discurso demagógico" e afirmou que, até então, a população LGBTQI+ tem obtido avanços de direitos apenas por meio do Executivo e Judiciário.

SAIBA TAMBÉM:

Maísa apoia criminalização da LGBTfobia: “Ninguém merece viver com medo de amar

Até torcedor tem uma legislação para chamar de sua, o que é louvável, mas para pessoas LGBTQI+, não há uma legislação especifica nesse Congresso Nacional”, enfatizou.

Mais tarde, a lésbica Ananda Rodrigues, do Grupo Dignidade – Pela Cidadania de Gays, Lésbicas e Transgêneros, deu sua sustentação. Ananda deu ênfase aos objetivos das ações ao dizer que a intenção não é atentar contra a liberdade religiosa de ninguém.

Por fim, foi a vez da advogada Maria Eduarda Aguiar, da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra). Maria Eduarda é a primeira trans com carteirinha da OAB-RJ com nome social. “É inadmissível pessoas subirem aqui para tripudiar da dor de pessoas LGBTQI+. É lamentável”, disse ela. As informações são do site Gay1.

Mais notícias do autor

Artista trans, Alice Pereira retrata processo de transição em HQ:

Artista trans, Alice Pereira retrata processo de transição em HQ: "A arteterapia existe"

Engenheira de 44 anos, Alice Pereira contou ao Universa como expressou o seu processo de transição por meio da arte. Apesar de ter dado início ao processo depois de seu segundo casamento, em 2016, ela conta que o primeiro contato que teve com esse pensamento foi aos 9 anos de idade. Aline conta que, naquela […]
Pela primeira vez, New York Fashion Week recebe desfile de estilista trans

Pela primeira vez, New York Fashion Week recebe desfile de estilista trans

Na primeira semana de fevereiro, o New York Fashion Week (NYFW) fez história ao receber o primeiro desfile de uma estilista transexual em sua programação, Pierre Davis. De acordo com o Metrópoles, a direção do evento pretende levantar a bandeira da diversidade. Por isso, o Conselho de Estilistas de Moda dos Estados Unidos (CFDA) sugeriu que […]
Cidade da Alemanha instala semáforos com casais LGBTs

Cidade da Alemanha instala semáforos com casais LGBTs

A prefeitura de Colônia, cidade localizada no oeste da Alemanha irá instalar 20 semáforos com casais LGBTs. A ação é temporária e será feita por conta da parada LGBT que acontecerá na cidade em julho. De acordo com DW, a parada LGBT de Colônia é uma das maiores da Europa. O evento é feito sempre […]

"Crenças e ideologias não devem justificar violência", defende jurista sobre julgamento do STF

A possibilidade da criminalização da LGBTfobia tem gerado debates cada vez mais fundamentados e calorosos acerca do assunto. A decisão está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), que começou votação na quarta-feira (13). Em entrevista ao Brasil 247, o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo (Condepe), Dimitri Sales, expôs sua opinião. […]
AM: LGBT Folia promove diversidade, diversão e reflexão em Manaus

AM: LGBT Folia promove diversidade, diversão e reflexão em Manaus

No próximo domingo (17), a capital amazonense poderá prestigiar um carnaval para lá de colorido. A 5ª edição do LGBT Folia - A Banda é gratuito e acontece no Centro de Manaus, a partir das 17h. Com apoio da Prefeitura, o evento promove reflexão sobre prevenção, cultura, diversão, popularidade e cidadania. Uma das organizadoras, Bruna La Close, […]
linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram