Família homoafetiva [Foto: Reprodução/Internet]
As reivindicações de um funcionário fizeram o Google repensar o conceito de família dentro da empresa. O colaborador em questão reclamou que uma colocação durante um evento foi “homofóbico, inapropriado, ofensivo e errado”.
Segundo o jornal Daily Caller News, o caso aconteceu em 2017 em uma apresentação sobre um produto para jovens adultos. O empregado questionou a postura da plataforma que utilizava o termo apenas para designar famílias heteronormativas.
Assim, outras configurações de famílias, como as homoafetivas e casais que não tem a intenção de ter filhos, eram excluídas. O veículo afirma ainda que cerca de 100 pessoas do Campus Google concordaram com a colocação, através de uma enquete realizada internamente.
"É uma forma desrespeitosa de falar. Se você quer dizer 'crianças', diga 'crianças'. É uma ótima palavra para isso. Usar 'ambiente adequado para famílias' como sinônimo para 'adequado para crianças' significa, para mim, que 'você e seus entes queridos não contam como uma família a não ser que vocês tenham filhos.'", declarou o funcionário em um comunicado.
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Ele ainda completou afirmando não ter a intenção de banir a palavra para sempre do QG do Google. "O uso da palavra 'família' como um sinônimo para 'com filhos' é largamente associação a organizações que são extremamente homofóbicas. Isto não quer dizer que deveríamos deixar de usar o termo para nos referir a famílias, mas que deveríamos deixar claro que núcleo familiar não implica necessariamente na presença de crianças.”
A vice-presidente do Google Pavni Diwangi entrou na discussão dizendo que a empresa repensaria o uso do termo. "Percebi que podemos ter causado um desconforto sobre a forma que falamos sobre famílias. Precisamos ser mais conscientes sobre o fato de que há diversos formatos de famílias e pais", escreveu ela.