Homofobia velada

A homossexualidade e a incompatibilidade de gênero existem desde os primórdios da sociedade e são reprimidos e julgados por anos, receberam estigmas negativos que estão enraizados no cotidiano por muitos anos. O que impacta diretamente na vida desses LGBTQIAPN+. 
O Brasil é o país com a maior quantidade de registros de crimes homofóbicos do mundo, seguido pelo México e pelos Estados Unidos.
Conseguimos ver todos os dias casos de homofobia passando nas redes sociais e imprensa num modo geral mostrando como estamos em um país homofóbico, preconceituoso e machista.
Na grande maioria dos casos são preconceitos diretos e fácil de identificar que por sua vez levam até a casos de agressões e por último a morte na vida dessas pessoas.
Mais hoje estaremos falando da homofobia velada. Aquela em que a pessoa sabe que está sendo preconceituosa mais não é direta ou aquela pessoa que segue falas feitas pela sociedade que se não nos atentarmos passam despercebida até mesmo pela vítima que sofre o preconceito.
Mas nem toda forma de homofobia é explícita. A homofobia velada envolve comentários, piadas ou atitudes aparentemente inofensivas, mas que, na realidade, reforçam estereótipos prejudiciais e contribuem para a marginalização.
Infelizmente caso de Homofobia Velada estão longe de ser algo isolados. Muitas pessoas, que se veem como sem preconceito, ainda proferem frases de punho preconceituosos.
Quem nunca escutou frases como essas:

"Não tenho preconceito, tenho até amigos que são gays"
"Você nem parece ser gay"
“Ai, se você fosse homem…”
“Vocês não precisam de direitos LGBT porque somos todos iguais"
“Criminalização da homofobia é muito mimimi”
“Ih, se é viado cuidado: a maioria tem Aids”
"Adoro ver duas mulheres se pegando. Posso entrar no meio?"
"Você nem parece ser gay"

O importante é não ser passivo diante de qualquer fala e Não se calar diante de atos LBGTIfóbicos.
Evite expressões preconceituosas — e corrija os amigos que reproduzem.
Ter empatia. Desvencilhar-se de seus próprios conceitos e ideias para ouvir, muitas vezes, podem ajudar a enxergar uma situação através dos olhos do outro. No caso da comunidade LGBTI+, isso é essencial. Se alguém disser que seu comentário foi preconceituoso, ao invés de debater e discordar logo de cara, ouça. Isso faz muita diferença. Pergunte o que não entende, sem rebater; tenha empatia à situações que essas pessoas vivem cotidianamente e absorva as críticas. Diálogo ajuda a construir um mundo melhor.
O crime de homofobia deve ser denunciado em qualquer Delegacia de Polícia ou em delegacias especializadas, caso sua cidade tenha esse departamento.
Além disso, a denúncia pode ser feita por telefone pelo número 190 em casos de flagrante delito ou Disque 100 ou no Disque Denúncia da sua cidade.

O colunista Fábio Alves além de ser psicanalista ele é pós graduado em sexualidade, psicanálise, terapia de casais e família, TCC e tem um quadro na Rádio Tropical fm 91,5 do RJ todas as segundas às 10h. Você também pode encontra lo no Instagram @fabiopsicanalista