Zombie hand. Halloween theme concept.
Na postagem “Prótese mamária para pessoas trans: possibilidade, direito” comentei sobre a importância das mamas para a aparência feminina. Informei que o procedimento encontra-se dentro da atenção do SUS à pessoa trans. E que dificuldades do Sistema em implementar esse cuidado não é aceito pela justiça como justificativa para não executá-lo.
A questão se agrava quando se fala sobre o uso do silicone industrial.
Uma substância usada para lubrificação de máquinas, lustração de rodas de carros e vedação de materiais usados na construção civil. Este é o silicone industrial injetado no corpo de pessoas para dar contorno feminino…
Não é um produto isento de germes. Mas é injetado dentro do corpo.
Não é um produto que convive no organismo sem provocar reações. E que são negativas. Ele não é biocompatível.
Não é o mesmo produto usado pela cirurgia plástica. Este é esterilizado, biocompatível, embolsado. Nenhuma substância viscosa aplicado ao corpo. É uma “bolsa” colocada cirurgicamente. Mama, quadril, coxa, face…
A cirurgia plástica sabe o que faz. Coloca a prótese sob visão direta. Conhece profundamente a anatomia do local. Sob anestesia geral. Conforto, segurança e bom resultado final.
A “bombadeira” aplica o silicone industrial sem ver onde ele está sendo colocado. Sem conhecer a anatomia. Com dor. Não assume responsabilidade civil ou criminal. Nenhum risco para ela. Mas com muitos para quem o recebe.
Não sendo esterilizado, há grande risco de infecção local. O material irá proteger as bactérias, tornando difícil o tratamento com antibióticos.
Não sendo biocompatível, há grande risco de reação inflamatória. Dor e formação de abscesso são riscos reais.
Não sendo encapsulado, não há nenhuma garantia de que não sairá do lugar. Ou seja, aplicado na mama, pode descer para o abdômen… No glúteo, pode descer para a coxa… O efeito estético vai embora. Imagine você o que fica no local… E isto pode acontecer anos depois… Veja algumas fotos no google.
Sem falar no risco de morte. Uma pesquisa no google traz algumas reportagens.
O que leva as pessoas a correrem tais riscos? Por que fazem isto? Há várias respostas, e várias delas podem agir ao mesmo tempo. Um estudo brasileiro comentou algumas:
A assistência do SUS à pessoa transvestegênere também colabora: