Duda Salabert votou na faculdade Newton Paiva, no bairro Caiçara, em Belo Horizonte - Divulgação/Cadu Passos
Duda Salabert (PDT) terminou a disputa à prefeitura de Belo Horizonte em quinto lugar. A candidata recebeu 97.315 votos, o equivalente a 7,68% do total. Apesar do resultado, a deputada federal afirmou por meio de nota oficial ter muito orgulho da trajetória durante a campanha eleitoral sob o viés de ter mostrado ser viável a candidatura de uma pessoa transexual ao Executivo de uma grande capital e destacou que a "luta segue" e "vai muito além de resultados imediatos".
"Recebemos o resultado da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte com grande orgulho da trajetória que construímos e na certeza de que marcamos um momento histórico na política brasileira. Pela primeira vez, o Brasil (país que mais mata pessoas trans há 15 anos consecutivos) teve uma candidatura com fôlego e competitiva de uma pessoa trans ao Executivo em uma capital. Esta eleição não foi apenas sobre a busca pelo voto, mas sobre propor a cidade que a gente quer construir, sobre quebra de barreiras e a representatividade de todas as pessoas que, por muito tempo, foram silenciadas ou invisibilizadas", declarou.
"Nossos sonhos não cabem nas urnas, nossa luta vai muito além de resultados imediatos. Mostramos que é possível sonhar e trabalhar por uma cidade mais justa, sustentável, sem corrupção, inclusiva e que coloque a educação em primeiro lugar. […] Nossa luta segue, com a esperança de um futuro mais justo e humano, na certeza que com prioridade, BH pode sim se tornar uma cidade educadora", destacou.
Duda ficou atrás de Gabriel Azevedo (MDB), com 10,58% dos votos; Mauro Tramonte (Republicanos), com 15,21%; Fuad Noman (PSD), com 26,52%; e Bruno Engler (PL), com 34,36%. Fuad e Engler vão disputar o segundo turno no dia 27 de outubro.
Vale destacar, que a deputada começou sua trajetória política em 2018 pelo Psol em campanha malograda por uma cadeira no Senado. Desde então, a professora de literatura teve vitórias nas urnas sendo a vereadora mais votada da história da capital mineira até então em 2020, já pelo PDT. Dois anos mais tarde, ela foi eleita deputada federal.
